Sede Eterna

A noite estava densa, quente, e o vento carregava um perfume doce e perigoso. Helena sentia a pele arrepiar à medida que caminhava pelas ruas de pedra da cidade antiga, envolta por um misto de excitação e receio. Havia algo—alguém—seguindo seus passos.

Ela sabia disso. Sentia isso.

O coração batia rápido, mas não era medo. Era antecipação.

Quando virou a esquina de um beco estreito, uma mão firme agarrou sua cintura, puxando-a para a escuridão. Um grito morreu em sua garganta quando se chocou contra um corpo forte, quente apesar da noite fria.

— Você veio até mim, Helena… — A voz dele era um sussurro grave contra seu ouvido, enviando um arrepio delicioso por sua espinha.

Os dedos longos deslizaram por sua cintura, descendo até sua coxa nua sob o vestido fino. Ela mal conseguia respirar, os sentidos tomados pelo perfume amadeirado que emanava dele.

— Diga-me… você sentiu minha presença antes de me ver? — Ele roçou os lábios frios contra a curva de seu pescoço, onde a pulsação acelerada traía sua entrega.

Helena fechou os olhos, inclinando a cabeça para o lado, expondo-se para ele.

— Sim… — ela sussurrou, sentindo-se envolvida por um torpor luxurioso.

Os lábios dele pressionaram um beijo suave contra sua pele antes que os dentes arranhassem de leve sua jugular.

— Você não tem ideia do quanto eu te desejo.

O som de sua voz fez o ventre de Helena apertar. Ela sabia o que ele era. Sabia o que aquilo significava. Mas, em vez de fugir, sua pele se aqueceu com uma necessidade que nunca havia sentido antes.

As mãos dele deslizaram pelas laterais de seu corpo, segurando-a contra ele. Ela sentiu a rigidez pressionando sua barriga, a prova física do desejo dele, mesmo sendo uma criatura da noite.

Ele a girou contra a parede fria do beco, o contraste entre o gelo da pedra e o calor do corpo dele fazendo seus sentidos entrarem em combustão.

— Você me quer? — Ele murmurou contra seus lábios, os olhos vermelhos brilhando na escuridão.

Helena prendeu a respiração. Ela deveria dizer não. Deveria temer. Mas tudo que conseguiu foi murmurar:

— Sim…

O sorriso predador dele foi a última coisa que viu antes que sua boca tomasse a dela em um beijo devastador. Sua língua deslizou contra a dela, quente, exigente, como se quisesse devorá-la.

As mãos dele subiram para seus seios, apertando suavemente através do tecido fino, os dedos habilidosos encontrando seus pontos sensíveis com uma precisão quase sobrenatural.

O vestido escorregou por seu corpo, caindo até seus pés, deixando-a exposta sob a luz pálida da lua. Ele se afastou por um momento para admirá-la, os olhos percorrendo cada curva antes de soltar um gemido baixo de aprovação.

— Perfeita… — ele murmurou antes de capturar um dos seios entre os lábios, a língua brincando lentamente com o mamilo já enrijecido.

Helena arqueou o corpo, os dedos cravando-se nos cabelos escuros dele, puxando-o para mais perto.

Mas ele não tinha pressa. O vampiro desceu os beijos por seu ventre, a língua traçando um caminho de fogo por sua pele sensível. Quando finalmente chegou entre suas coxas, ela já estava molhada, pulsando de desejo.

Ele separou suas pernas com as mãos fortes, o olhar faminto fixo no dela.

— Você tem gosto de pecado… — Ele murmurou antes de deslizar a língua lentamente, provocando um grito rouco dos lábios de Helena.

O prazer veio como uma onda avassaladora, e ele não parou, explorando cada parte dela, levando-a à beira da loucura. Suas pernas tremiam, o corpo inteiro entregue ao toque dele.

Quando ela estava prestes a perder o controle, ele subiu novamente, posicionando-se entre suas coxas. A ponta de sua rigidez pressionava contra sua entrada quente, o olhar cravado no dela, esperando o consentimento final.

Helena cravou as unhas nos ombros largos dele e arqueou os quadris em resposta.

— Eu sou sua…

Foi tudo que ele precisou.

Em um único movimento, ele deslizou para dentro dela, preenchendo-a por completo.

Os gemidos dela misturaram-se ao rosnado baixo dele enquanto ele começava a se mover, lento no início, provocador, antes de aumentar o ritmo, aprofundando-se, tornando cada investida um choque elétrico de prazer.

O corpo dele a envolvia completamente, as mãos segurando-a firme, os lábios devorando cada gemido que escapava da boca dela.

A parede fria do beco era o único suporte que a mantinha de pé enquanto ele a levava para o êxtase.

E então, quando o prazer atingiu seu ápice, ela sentiu os dentes afiados roçarem sua pele.

Um segundo depois, a mordida.

A dor e o prazer explodiram juntos, e Helena gritou, sentindo seu corpo inteiro estremecer sob ele.

A sucção suave, a sensação do sangue sendo tomado enquanto o prazer a consumia foi a coisa mais intensa que já sentira.

E quando ele finalmente encontrou seu próprio clímax, enterrado fundo dentro dela, os dois caíram juntos na escuridão do desejo.

O vampiro lambeu a marca em seu pescoço, os olhos brilhando de satisfação.

— Agora… você é minha para sempre.

E Helena soube que nunca mais pertenceria a outro.

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