O relógio marcava quase meia-noite quando Ricardo entrou na cozinha em busca de um copo d’água. A casa estava silenciosa, exceto pelo som da chuva fina batendo contra as janelas. Ele vestia apenas uma bermuda, o peito nu exibindo seu corpo firme. Não esperava encontrar ninguém àquela hora, muito menos ela.
Ela estava de costas, encostada na pia, um robe de cetim leve mal cobrindo seu corpo. O tecido sedoso deslizava sobre suas curvas, deixando à mostra uma perna bem torneada. Quando se virou para ele, os olhos escuros brilharam sob a luz fraca.
— Não consegue dormir? — a voz de Cláudia, sua sogra, era suave, mas carregada de algo mais.
Ricardo umedeceu os lábios, sentindo um arrepio correr sua pele.
— Só precisava de um pouco d’água. — Sua voz saiu mais rouca do que esperava.
Ela sorriu de canto, um sorriso perigoso. Aproximou-se lentamente, parando a poucos centímetros dele. O perfume envolvente, misturado ao cheiro de chuva, fez seu coração acelerar.
— Há outras formas de acalmar um corpo inquieto — murmurou, os olhos presos nos dele.
Ele engoliu em seco, sentindo o ar se tornar pesado entre eles. Tudo dentro dele gritava que aquilo era errado, mas o desejo era mais forte. Quando ela ergueu a mão e deslizou os dedos pelo peito dele, um arrepio o percorreu.
— Você sabe que isso não pode acontecer — ele sussurrou, mas suas mãos já estavam na cintura dela, puxando-a para mais perto.
— Então por que não consegue me soltar? — Ela provocou, roçando os lábios no pescoço dele.
Ricardo fechou os olhos, sentindo o corpo inteiro reagir ao toque. O robe de cetim escorregou dos ombros dela, revelando a pele quente por baixo. Ele deslizou as mãos pelas costas dela, explorando cada curva, cada centímetro macio.
O beijo foi inevitável. Começou lento, mas logo se tornou faminto, urgente. As línguas se encontraram, os corpos se apertaram. Ela gemeu contra sua boca quando ele a ergueu e a colocou sobre a bancada fria. Suas mãos firmes traçaram um caminho perigoso pelas coxas dela, afastando o tecido fino que ainda os separava.
Ela cravou as unhas em suas costas quando ele desceu os lábios por seu pescoço, mordiscando a pele sensível. A respiração de ambos estava entrecortada, os corpos ardendo de desejo proibido.
— Alguém pode nos ouvir — ela sussurrou, mas suas mãos não paravam de explorá-lo.
— Então é melhor tentar não gemer tão alto — ele respondeu com um sorriso travesso.
O calor entre eles era irresistível. As roupas foram esquecidas no chão da cozinha enquanto os corpos se uniam com intensidade. Cada toque, cada investida levava-os ao limite do prazer. O mundo ao redor desapareceu, restando apenas o fogo que consumia os dois.
Quando finalmente desabaram um sobre o outro, ofegantes e satisfeitos, Ricardo soube que aquela noite mudaria tudo. Olhando nos olhos de Cláudia, viu o mesmo desejo ainda pulsando, prometendo que aquilo não terminaria ali.
E ele também não queria que terminasse.